Veganismo entre os jovens
Nos últimos meses tenho participado em algum activismo vegano e noto uma efectiva sensibilidade das pessoas para a causa animal, e vegana no geral. É interessante quando muitos conseguem fazer uma ligação de igualdade entre animais de estimação e animais “para alimentação“ e dá-se aquele silêncio de compreensão, mas depois segue toda uma bateria de perguntas e dúvidas… “Mas…” Há respostas para todas essas questões.
Noto também, sobretudo entre os mais novos que me dizem já estar a reduzir a quantidade de carne que comem ou lacticínios que bebem, uma consciencialização interessante. Quando lhes pergunto o porquê de já estarem a fazer isso: a causa ambiental tem sido a razão número um, seguida da causa animal e da não necessidade de os consumir.
Esta razão ambiental é muito válida, mas é sobretudo uma razão bastante informada, duma geração que percebe perfeitamente as consequências que as suas opções de consumo individuais, somadas a outras tantas do colectivo em que nos inserimos, os afectarão - se já não - em breve trecho. E estando conscientes disso, mostram-se determinados a mudar algo que é muito intrínseco ao ser humano, o seu prato, a sua dieta e os seus hábitos.
E se este é um mero “vox pop” de quem se aproxima das acções de activismo em que participei e abordei, os números da Comissão Europeia corroboram este acontecimento, o consumo de carne e de leite tem diminuído nos vários estados-membros. E as perspectivas até 2030 vão no mesmo sentido.
A questão é, sabendo tudo isto, o que está a economia regional açoriana, sobretudo a agrícola, disposta a fazer? Que planos e ideias tem para mudar do paradigma da vaca para o cereal e os frescos locais?