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Português de Portugal - I

foto: Pedro Sousa Filipe


O problema não deve ser deles, não deve ser dos governos, das assembleias nem dos deputados. O problema nem deve ser do país, dos outros, dos que não trabalham.

Já tivemos muitos governos, que caíram, que tiraram a água do seu capote para o próximo, que voltaram, que se legitimaram e que caíram de novo. E ficamos na mesma. Na mesma, porque a dança das cadeiras só tem dois jogadores.

Não são dois partidos, são dois pensamentos, sempre os mesmos, corrigir o que o outro fez: se tirou, dá, se deu, tira! E ficamos na mesma. O país pensado a 4 ou a 8 anos – que é como quem diz “mandados” pelos amigos do poder – é um país de vista curta, míope e coxo.

Quando tivemos alguém durante muito tempo no poder a coisa virou ditadura, mas expulsámo-los. A gente aprende. O que ainda não demos com o jeito foi a gerir o nosso futuro a longo termo. Mas a gente aprende.

“A gente somos um povo tão desenrascado!” – diria o sábio português.

No fundo, Portugal não sofre de maus políticos, Portugal sofre de maus portugueses!

Curioso, só somos maus no nosso país, lá fora só dizem coisas boas de nós enquanto trabalhadores por conta de outrem-nacionalidade